sexta-feira, 24 de abril de 2009

Caiu na rede, é plágio!


Hoje tive uma surpresa péssima: descobri na própria pele que escrever na Internet pode ser muito divertido, mas, ao mesmo tempo, muito perigoso.

Há alguns anos escrevi um texto no meu perfil do Orkut, despretensiosamente. Imaginem a minha surpresa ao constatar, hoje, que há dezenas de sites copiando minhas palavras, vírgula por vírgula, e assinando como.... Clarice Lispector! Logo quem!?

Clarice é uma deusa da literatura! Mas, esperem aí, aquele texto é meu!

A Internet tem esta desvantagem: as pessoas saem por aí copiando e colando umas das outras, e uma mentira acaba parecendo uma verdade.

Segue meu texto. Espero que gostem, mesmo sabendo de quem é a verdadeira autoria: uma simples mortal.

Agora me vem a pergunta: será que Clarice gostaria? O que ela diria a respeito?


Hoje eu me sinto muito mais envolvida com as profundezas do ser humano, com seus mistérios, impulsos, conflitos, fraquezas, dores, (in)certezas e com sua vitalidade e força.

Preocupa-me a superficialidade das relações que nos arrebatam para o abismo das ilusões, do desfrute da casca oca e desprovida do recheio eterno das emoções autênticas.

Se o mundo hoje é só consumo, imitação e produção em série, eu quero ser alma e coração multiplicados através daqueles que eu for capaz de cativar.

Autora: Gizele Toledo de Oliveira (direitos autorais reservados).